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Voce participa de debates?



https://youtu.be/3rll1Ax-jhc

Já fui convidado algumas vezes para debates em programas de rádio e TV e também para entrevistas em sites, jornais e revistas. Sempre respondo deixando claro que só participo dessas mídias quando o assunto é meu trabalho profissional de consultor e palestrante e para falar de temas de negócios. Nunca participo para falar de temas ligados ao evangelho porque é terreno pantanoso.


Geralmente esses programas e publicações possuem uma agenda, que é a de promover alguma religião, conquistar simpatizantes ou vender espaço para publicidade. Além disso, a confusão que reina hoje na chamada cristandade é tão grande que eu correria o risco de ficar meia hora debatendo com alguém que rejeita as verdades cardeais da fé cristã e até mesmo a divindade de Cristo, apesar de trazer sobre si algum título eclesiástico cristão.

Um dia uma emissora de TV me convidou para um debate sobre igreja e pelo fato de eu estar congregado somente ao Nome do Senhor, fora das denominações. Como sempre faço em casos assim, não aceitei, e educadamente coloquei minhas razões. Depois alguém me mandou um vídeo desse programa, e vi que a pessoa que haviam convidado em meu lugar era um sujeito totalmente herege que afirmava não congregar nas denominações, estar fora do sistema religioso, etc. Havia também um pastor e teólogo, além do apresentador do programa que devia ser também um pastor de alguma igreja.

Foi um verdadeiro desastre porque o apresentador e o teólogo pastor ficavam abismados com as bobagens que dizia o sujeito que afirmava ser cristão congregado fora do sistema religioso. Numa situação como aquela eu até acabaria ficando do lado dos dois pastores e criando um mal entendido. Além de situações inesperadas como essa, programas assim são uma armadilha, por isso evito participar para não entrar numa saia justa. Assim também evito que alguém pense que eu tenha alguma coisa a ver com a igreja que promove o debate.

Lembro-me de algo que aconteceu há muitos anos, quando eu era diretor de uma empresa de Tecnologia da Informação. Tínhamos uns dos primeiros provedores de internet do Brasil e extávamos com um stand em uma feira de Tecnologia, quando veio uma equipe da TV para uma entrevista ao vivo. Sugeri ao repórter que falássemos sobre os aspectos educacionais da Internet, de como as crianças poderiam fazer trabalhos pesquisas, trabalhos escolares, aprender mais etc.

Quando entramos no ar o entrevistador repórter improvisou uma abertura mais ou menos assim: “Estamos aqui com o Sr. Mario Persona, diretor da empresa tal, e estávamos até agora olhando as páginas do site da Playboy na Internet, com essas garotas maravilhosas, etc.”. Ele inventou aquilo! Ele inventou para quebrar o gelo e criar uma situação cômica na abertura da entrevista, e você já pode imaginar com que cara eu apareci na TV.

O grande problema que estávamos tendo na empresa na época era de mães que cancelavam a assinatura de Internet, preocupadas que seus filhos tivessem acesso a pornografia, e o repórter me abre a entrevista com uma bobagem desse tamanho! Se já é complicado dar entrevistas quando envolve negócios, fica mais difícil ainda quando a entrevista envolve o Evangelho e é feita por alguém que pode querer “esquentar” as perguntas para tornar o programa mais interessante para sua audiência.

Recebo verdadeiros xingamentos de leitores e espectadores por eu não permitir comentários em meus textos e vídeos nos quais falo da Palavra de Deus. A própria maneira desrespeitosa desses que me xingam já demonstra que estavam ávidos por um palco para derramarem suas ideias profanas. Mas não é apenas por isso que fecho a área de comentários, mas sigo também o que estão fazendo os principais sites do mundo para evitar ações por danos morais. Quando ocorre um crime de calúnia nos comentários o dono do canal pode ser envolvido como corresponsável.

Muitos dos que me procuram para debater algo mesmo em correspondência privada, mas simplesmente pelo prazer do debate, costumam se apresentar candidamente como quem está desejando apenas aprender o que penso. Mas tão logo apresento “a razão de minha fé” com base nas Escrituras é provável que ele parta para o ataque. Então expressões como “ignorante”, “imaturo”, “mente fechada”, “dono da verdade”, “idiota”, “falso profeta”, etc. passam a fazer parte de seu acervo de adjetivos, até chegar ao “covarde”, que é quando você diz que prefere retirar-se do debate porque aquilo não vai levar a coisa alguma.

A Bíblia nos exorta a estarmos sempre preparados para defender aquilo que cremos: ”Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estais sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.” (1 Pe 3:15-16).

Existem também aqueles que fazem vídeos refutando o que falei, inclusive usando trechos de meus vídeos para em seguida desconstruírem meus argumentos. Geralmente são ateus, Testemunhas de Jeová, ou membros de outras seitas heréticas, pessoas que não creem na divindade de Cristo, não creem na Trindade, não creem na salvação pela fé, na graça de Deus, e nas doutrinas básicas do cristianismo. Criam vídeos assim e depois me instigam desafiando: “E aí, você não vai responder?”, “E aí, você não vai falar nada?”, “Ô covarde, tem medo hein?”.

Teve um que enviou uma foto de um avestruz com a cabeça enfiada na terra me chamando de medroso. Outro, que viu algo que eu disse sobre a denominação à qual ele está aprisionado, a Torre de Vigia das Testemunhas de Jeová, enviou um vídeo ridicularizando, não só as minhas ideias, mas também a minha pessoa, com estas palavras: “Viu no que dá mexer com o vespeiro”? Obviamente, achei bem apropriado o termo que ele usou — “vespeiro” — porque vespeiro é um lugar que tem vespas, tem ferrão, tem veneno, mas não tem mel, não tem nenhuma graça, não tem nenhum sabor, nenhuma doçura. Não passa de um lugar de regras, ordens e escravidão.

Por isso é preciso ter sabedoria em distinguir se aquilo que se nos apresenta como uma oportunidade de expressarmos nossa fé, como é o caso de uma entrevista, será ou não de proveito para salvos e perdidos. Hoje a coisa fica um pouco mais complicada, porque vivemos em um ocidente cristianizado onde a maior parte das pessoas sequer crê no Deus da Bíblia ou nela como sendo a Palavra de Deus.

Existem profecias na Bíblia que mostram que o Ocidente cristianizado será uma terra desolada durante o milênio, durante o Reino de Cristo aqui. Por que? Porque foi a terra mais abençoada com a Verdade do cristianismo, com a Verdade do Evangelho, e a que mais a rejeitou, apesar de suas catedrais. No entanto, aquelas terras como Arábia, Oriente e outras, que hoje são avessas ao cristianismo, mas não o deturpam como fez a cristandade, essas serão abençoadas. Você encontra isso nas profecias bíblicas para o Reino Milenial de Cristo.

Por isso hoje, num mundo ocidental cristianizado como este em que vivemos, qualquer argumento do tipo ”a Palavra de Deus diz...” já não tem qualquer efeito sobre ouvintes que estão mais prontos a seguir suas próprias ideias, o que diz sua religião, seu líder, seu profeta, apóstolo, bispo, menos o que diz a Bíblia.

Acredito que os debates públicos entre cristãos professos tenham se popularizado por volta do terceiro século, quando o cristianismo foi oficializado como religião no Império Romano. Sem a ameaça da perseguição, que obviamente impedia cristãos de debaterem em público, e com o surgimento de heresias que denegriam a Pessoa e obra de Cristo, os chamados ”pais da Igreja” se viram envolvidos em debates públicos. Fazendo isso eles acabavam atropelando a ordem dada pelo apóstolo inspirado em Tito 3:9-11, de não debater com hereges, mas apenas admoestá-los uma ou duas vezes e depois evitá-los.

“Não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs. Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado.” (Tt 3:9-11).

Ao contrário do que pensam muitas religiões cristãs católicas e protestantes, não são os “pais da Igreja” o exemplo e doutrina que temos de seguir, mas o que ensinam as escrituras inspiradas dadas aos apóstolos e profetas do Novo Testamento. Paulo participava de debates com judeus nas sinagogas e lugares públicos, mas era com o objetivo de evangelizar. O mesmo faziam outros discípulos, como Apolo, que colocou sua eloquência e facilidade de comunicação a serviço do Senhor depois de ter sido devidamente instruído por Priscila e Áquila:

“E chegou a Éfeso um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloquente e poderoso nas Escrituras. Este era instruído no caminho do Senhor e, fervoroso de espírito, falava e ensinava diligentemente as coisas do Senhor, conhecendo somente o batismo de João. Ele começou a falar ousadamente na sinagoga; e, quando o ouviram Priscila e Áquila, o levaram consigo e lhe declararam mais precisamente o caminho de Deus. Querendo ele (Apolo) passar para a Acaia, os irmãos animaram-no, e escreveram aos discípulos que o recebessem. Tendo ele chegado, auxiliou muito aqueles que pela graça haviam crido; pois com grande poder refutava publicamente os judeus, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo.” (At 18:24-28).

O que Priscila e Áquila fizeram foi corrigir Apolo, algo que todo cristão deveria fazer ao encontrar um cristão que está animado, que quer levar a Palavra, levar o Evangelho. Corrigir, e não apagar essa vela. Se encontrar alguém assim, encaminhe, mas não apague essa chama, por favor, não apague essa chama. O próprio Senhor Jesus não veio pisar o fogo que estava queimando ou a cana quebrada. Mesmo para aquela mínima fé, aquela chaminha pequenininha, ele veio dar mais oxigênio. E assim deve ser: um cristão não deve pisar no pescoço daquele que está animado a levar a Palavra, mas que ainda tem umas arestas que precisam ser aparadas. Ele se senta com ele, ajuda, explica, corrige. Foi o que Priscila e Áquila fizeram com Apolo.

Em outras ocasiões podemos aprender do modo como Paulo lidava com isso quando os ouvintes endureciam o coração e passavam a blasfemar. Aí ele tinha um comportamento seletivo seguindo a ordem de Jesus de não lançar suas pérolas aos porcos, como mostra esta passagem:

“E, entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três meses, disputando e persuadindo-os acerca do reino de Deus. Mas, como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a multidão, retirou-se deles, e separou os discípulos, disputando todos os dias na escola de um certo Tirano. E durou isto por espaço de dois anos; de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus, assim judeus como gregos.” (At 19:8-10).

Precisamos ter este discernimento de parar de debater ou pregar quando vemos uma oposição que comece a denegrir a doutrina, a corromper a Verdade, a rebaixar a Pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Aí é hora de parar. Se você encontrou um desses, sejam eles Testemunhas de Jeová, mórmons ou espíritas, que não creem na divindade de Cristo, pare! Vá embora e vá conversar com quem está desejoso de conhecer a Verdade, de conhecer a salvação que há na pessoa de Cristo Jesus, não numa religião, não numa organização religiosa.

Nem sempre um debate é construtivo, pois existem aqueles irmãos que Paulo chama de ”enfermos” ou ”débeis na fé”, que podem ser sensíveis demais para suportar uma discussão e acabarem desanimando. ”Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas... tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão... Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros.” (Rm 14).

A Timóteo Paulo orienta a evitar debates, que chama de ”contendas de palavras”. ”Recomenda estas coisas. Dá testemunho solene a todos perante Deus, para que evitem contendas de palavras que para nada aproveitam, exceto para a subversão dos ouvintes.” (2 Tm 2:14).

João em sua epístola nos ensina a lidar com os que negam a divindade de Cristo, que é o assunto do que ele chama de “doutrina”, ou seja, que não aceita que Jesus tenha vindo em carne, uma expressão que é muito mais ampla do que o fato de ter nascido. Jesus vir em carne implica sua pré-existência como Filho Eterno de Deus, o Criador de todas as coisas que em um determinado momento entrou na história do mundo na forma humana.

Ainda que algumas religiões heréticas, ou baseadas em paganismo ou anticristãs, possam às vezes até afirmar que Jesus estava num plano elevado, era um espírito privilegiado antes de vir ao mundo, e que entrou num corpo humano ou algo assim, não é isso que a Bíblia ensina. Ele é Deus, e antes dele, nada do que foi feito se fez. Ele fez todas as coisas. Ele é Deus Criador. Mas para isso nós teríamos de entrar em outro assunto, que é a Trindade, uma doutrina rechaçada pelos que não têm a Verdade.

“Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo... Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más.” (2 Jo 1:7, 9-10).

Às vezes alguém pode dizer: “É, mas a religião tal não crê na divindade de Cristo, mas eles afirmam que ele veio em carne, porque ele existia antes de vir em carne”. Veja que não é apenas a questão de ele vir em carne, mas de saber que ele era Deus já na eternidade. Essa é a doutrina. Além disso, João não está falando daqueles que duvidam que Jesus nasceu, pois lembre-se de que ele escreveu isso numa época e lugar onde e quando a notícia do nascimento e vida de Jesus já era um fato comum e corrente entre muitas pessoas.

Neste ponto você deve estar querendo que eu responda de forma breve se deve ou não participar de um debate público com outros cristãos. Considerando a profusão de erros e heresias existente hoje na cristandade, eu não aconselharia. Uma coisa é você refutar publicamente esses erros em textos, áudios e vídeos, outra é debater, pois no debate ambos têm igual direito de apresentar suas razões.

Vale aqui o ditado popular, ”São precisos dois para se dançar o tango”, ou seja, sem você para debater publicamente, o herege não terá a chance de destilar seu veneno para uma audiência que talvez não iria ouvir um “disco solo” do herege, mas que compareceu ao debate por apreciar o que você prega ou ensina. Então que não seja você a proporcionar ao herege o holofote que ele está procurando ou, como alguém disse, ”viajar ao seu lado só para usar sua janelinha”.

A Bíblia nos exorta: ”Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.” (Ef 4:29). Então seja sábio e não dê chance ao outro de sair da boca dele palavras torpes que não irão promover edificação ou graça aos ouvintes.

Uma outa questão que você fez bem em lembrar é a atitude de alguns que participam desses debates como se estivessem em um ringue buscando um prêmio por suas ideias. Então não se privam de humilhar os outros para poderem aparecer como vencedor. No entanto, nas coisas de Deus ninguém é convencido por inteligência humana, mas pelo Espírito e poder de Deus. Paulo deixou muito claro o modo como ele se apresentou aos gregos de Corinto quando levou a eles a mensagem do Evangelho:

“E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” (1 Co 2:1-5).

Veja também: http://www.respondi.com.br/2016/12/por-que-voce-nao-permite-comentarios.html

por Mario Persona


Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional www.mariopersona.com.br. Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.
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