https://youtu.be/57Hy-05_BVk
Você andou lendo na Internet histórias escabrosas de pessoas que fizeram pacto com o diabo oferecendo sua alma em troca de dinheiro, saúde ou sucesso. Obviamente existe muita gente que deve fazer esse tipo de coisa, pois não existe nada que o ser humano não seja capaz de fazer em termos de loucura e atrocidade. Nem mesmo os animais são capazes de agir com o grau de maldade com que um ser humano age. Lembre-se de que somos os únicos seres vivos capazes de destruir o próprio planeta em que vivem, como aquele proverbial lenhador que serrou o galho em que estava sentado.
Mas será que o diabo precisa que alguém tome essa iniciativa de lavrar um contrato com ele em troca da própria alma? A única passagem na Bíblia em que o diabo parece querer fazer um pacto com um ser humano é quando Jesus é tentado. Mas obviamente ali a iniciativa da tentação ou prova não tinha sido do diabo, mas do Espírito Santo que levou Jesus ao deserto para ser tentado. Uma melhor tradução seria "testado", pois o objetivo daquele teste era só deixar claro que ele era quem deveria ser, o Filho de Deus vindo em carne, ou seja, o próprio Criador em um corpo humano. Mas nunca se esqueça de que não foi por iniciativa de Satanás que Jesus se viu naquela situação.
"Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo." (Mt 4:1)
Você conhece a história e sabe que Satanás não conseguiu fazer o pacto que desejava. Ele basicamente provou Jesus nos mesmos pontos em que Adão tinha sido provado no Jardim do Éden por intermédio de Eva. A diferença é que Jesus não caiu e nem poderia cair em nenhuma tentação.
"E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; e, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam." (Mt 4:2-11)
Porém nós, que não somos o Filho de Deus, mas seres humanos comuns, temos estes três botões em nós prontos para responderem quando acionados. Eles foram ligados lá no Éden e vieram no pacote da natureza pecaminosa que herdamos de Adão. Na tentação do Éden "viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela" (Gn 3:6). O apóstolo João, em sua primeira epístola, chama a isso de "concupiscência — ou cobiça — da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida" (1 Jo 2:16).
Por causa do pecado nosso corpo, alma e espírito ficaram vulneráveis às tentações que prometem satisfação física, glória mundana, e reconhecimento público. Ser tentado não é pecar — Jesus foi tentado e sabe se compadecer dos que são tentados. Porém cair em tentação, isto sim é pecado, e nós estamos sujeitos a quedas. Felizmente Deus é fiel e não permite que os que pertencem a ele sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando são tentados, Deus lhes dá um meio de escapar dela (1 Co 10:13). Isto você obtém também de três maneiras: dependência de Deus, devoção a Deus e confiança em Deus.
Fora isso, não me lembro de nenhuma passagem de algum pacto que o diabo tenha tentado fazer com alguém em troca da alma da pessoa, como se Satanás estivesse interessado em algum tipo de pacto por iniciativa de seres humanos. Não está. Ele não precisa de um pacto para prender alguém em suas algemas e ter domínio sobre a pessoa. Cada ser humano já nasce escravizado pelo diabo, pelo pecado e por suas próprias concupiscências, então não há necessidade de algum contrato lavrado em algum cartório das trevas para confirmar isso. Todo ser humano já nasce andando "segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência... nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos". Somos todos "por natureza filhos da ira" (Ef 2:2-3).
Portanto, se você ainda não se converteu a Cristo, continua como todo ser humano a serviço do diabo, independente de ter feito algum pacto. Você só não sabe disso, mas quando descobre pela revelação das Escrituras que pode sair dessa condição se crer em Cristo como Salvador, é hora de tomar uma decisão. Este sim é o pacto que Deus quis fazer com Israel e quer fazer com os homens: "Eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo... Porque serei misericordioso para com suas iniquidades, e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais" (Hb 8:10-12).
Os que ainda não tomaram essa decisão de crer em Jesus como Salvador e Senhor continuam na escravidão e nem precisam se preocupar que o diabo possa arrastá-los para o lago de fogo. Já estão nesse caminho e quem vai lavrar a sentença final é o próprio Senhor, "porque não receberam o amor da verdade para se salvarem" (2 Ts 2:10). Jesus deixa um recado solene: "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo." (Mt 10:28).
Para saber mais, ouça esta pregação do evangelho em áudio:
Também aqui em formato mp3:
http://grandealegria.blogspot.com.br/2017/02/sua-unica-viagem-mario-persona.html
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)