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Por que Deus pune seus filhos e deixa o incrédulo na impunidade?



https://youtu.be/oaHCkOZ-vOM

Você perguntou: "Que conforto um cristão pode ter para a frase que você disse de que um crente sofre com a punição de Deus enquanto Deus muitas vezes ignora e não pune o incrédulo e seus atos. Você não acha que isso é meio injusto? Que consolo isso traz a uma pessoa que quer seguir a Cristo?".

Não ficou muito claro para mim se o seu desejo é que o incrédulo seja punido e o cristão seja poupado. Que o incrédulo será punido em seu devido tempo, a Bíblia deixa claro em muitas passagens. Mas se alguém deseja seguir a Cristo achando que Deus irá passar a mão em sua cabeça quando pecar e deixá-lo sem correção, está muito enganado.

Esse tipo de engano costuma vir das influências das modernas psicologias de educação, que condenam a disciplina. Deus nunca condena a disciplina, seja de um pai para com um filho, da autoridade para seus subordinados, do patrão para com o empregado etc. A Palavra de Deus deixa claro que o relacionamento de amor entre um pai e um filho inclui disciplinas às vezes doloridas para correção. A pior coisa que pode acontecer a alguém é Deus abrir mão da disciplina e deixá-lo andar do jeito que quiser. No Salmo 81 o Senhor lamenta:

"O meu povo não quis ouvir a minha voz, e Israel não me quis. Portanto eu os entreguei aos desejos dos seus corações, e andaram nos seus próprios conselhos." (Sl 81:12).

Mas o fato de o Senhor deixar que o ímpio tenha uma vida boa na terra não quer dizer que esteja fazendo vista grossa para o homem mau e suas maldades. Embora o desejo do Senhor é que ele se converta, haverá um castigo para ele no final quando for julgado por suas obras para perdição eterna. Eventualmente Deus pode também barrar o ímpio em sua maldade aqui neste mundo, em especial em algo que esteja relacionado à proteção do seu povo. "Ainda que junte as mãos, o mau não ficará impune" (Pv 11:21).

O que seria mais injusto: eu castigar meus filhos para discipliná-los ou castigar os filhos do vizinho? Talvez sua ideia esteja em pensar que disciplina (que inclui castigo) seja algo ruim. Não é, como a própria Palavra de Deus explica bem. Um incrédulo é bastardo aos olhos de Deus, não é filho de Deus. Então Deus não erra ao deixá-lo seguir seu caminho de pecado e destruição.

Já um filho de Deus é precioso, e se enveredar pelo caminho do pecado Deus irá discipliná-lo, podendo até tirar sua vida para evitar ter maiores problemas aqui. Mas mesmo assim estará salvo no céu.

"E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela." (Hb 12:5-11).

por Mario Persona

Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional www.mariopersona.com.br. Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.
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