fonte

Por que voce cita nomes de pessoas ou igrejas?



https://youtu.be/mb6RGgL1LSM

Você sugeriu que eu apresentasse apenas a verdade em meus textos e vídeos, evitando citar nomes de pessoas ou igrejas para evitar confronto. A questão é que o que publico são respostas a perguntas, e não artigos denunciando esta ou aquela religião, embora minhas respostas possam servir de carapuça para algum carola religioso. Ainda que evite citar nomes de pessoas (devo ter feito algumas vezes para falsos profetas vivos ou mortos) às vezes preciso citar o nome da religião para não deixar a resposta sem sentido para quem lê ou assiste na Web.

Como responder a quem pergunta algo como "Os mórmons creem em Jesus?", ou "O que são as Testemunhas de Jeová?", ou "O que acha do discipulado e igrejas em células?", ou "Você pertence ao movimento da igreja orgânica?", ou "Você pertence à Igreja Local?" ou "Devo voltar para a Igreja Católica?" ou "Você participa ao movimento da igreja orgânica simples?" ou "O que acha da Congregação Cristã no Brasil?" Esta última resposta teve até agora milhares de visualizações no Youtube e já tirou alguns de lá e os levou a congregar ao nome do Senhor. Conheço uma assembleia congregada ao nome do Senhor que é quase toda formada por ex-CCB.

Não é possível mostrar a verdade sem ofender alguém, e geralmente os mais ofendidos são os que idolatram uma denominação religiosa. Pessoas assim não se sentem tão ofendidas quando alguém fala mal do Senhor, mas partem para a briga quando alguém fala mal de sua denominação ou do auto-denominado "pastor", "apóstolo", "bispo", "missionário" ou "profeta" de sua religião. Pessoas assim são mais convertidas a uma religião do que a Cristo, então se sentirão sempre ofendidas se falar da religião delas ou de seus líderes.

Na mente dessas pessoas funciona o mesmo fanatismo que você encontra no futebol ou na política. O tempo todo vemos pessoas matando por causa do time ou do partido político. Até a capa de uma revista semanal colocou a chamada "Virou fanatismo" e o subtítulo "Um partido transformado em seita", ao falar da insanidade dos seguidores de um ex-presidente preso, que se dispõem a tudo em sua idolatria e exaltação do homem.

Não há como mudar a cabeça de alguém que tenha um ídolo, seja um político, seja uma religião, a menos que o Espírito de Deus aplique a verdade em seu coração, mas para isso a pessoa precisará ter o tapete puxado de debaixo de seus pés. A idolatria religiosa é tão perniciosa quanto qualquer outro tipo de idolatria, pois coloca algo ou alguém acima de Cristo e da Verdade.

É sempre bom buscar na Palavra de Deus o modelo ideal de como agir para com o erro, os hereges e os enganadores. Será que temos na Palavra algum exemplo de que o erro e os errados devam ser tornados público? Temos, e muitos, mas é preciso aqui fazer uma ressalva. O Senhor nunca tratou com aspereza os pecadores falhos, principalmente quando confessavam suas faltas humilhados. É do Senhor Jesus que fala a profecia: "A cana trilhada não quebrará, nem apagará o pavio que fumega" (Is 42:3). Então existe uma maneira de tratar o pecador contrito, e outra de tratar o herege, o lobo, o que ensina má doutrina.

De modo geral o pecado na assembleia dos santos nunca deve ser varrido para debaixo do tapete, mas trazido à tona. Isso é feito pela disciplina que é aplicada aos que pecarem, tirando-os da comunhão até que mostrem fruto de arrependimento. É disto que fala esta passagem de 1 Timóteo 5:20: "Aos que pecarem, repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor.".

Na carta aos Gálatas Paulo expôs Pedro publicamente pelo erro que estava cometendo, e isso não ficou restrito àquele momento e lugar, mas até hoje em todo o mundo a falha de Pedro é pública e notória:

"Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti -lhe face a face, porque se tornara repreensível. Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim, veio a apartar -se, temendo os da circuncisão. E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles. Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?" (Gl 2:11-14).

Paulo também expôs publicamente em suas cartas os nomes dos que o abandonaram:

"Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia... Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe dará a paga segundo as suas obras. Tu, guarda-te também dele, porque resistiu fortemente às nossas palavras." (2 Tm 4:10-15).

A identidade dos que estavam blasfemando e dos que ensinavam má doutrina, pervertendo a fé de alguns, também foi revelada nestas passagens:

"Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timóteo, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firmado nelas, o bom combate, mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé. E dentre esses se contam Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem... Evita, igualmente, os falatórios inúteis e profanos, pois os que deles usam passarão a impiedade ainda maior. Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto. Estes se desviaram da verdade, asseverando que a ressurreição já se realizou, e estão pervertendo a fé a alguns." (1 Tm 1:18-20; 2 Tm 2:16-18).

João, em sua terceira epístola, tornou público o nome e o erro de Diótrefes: "Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida. Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica, proferindo contra nós palavras maliciosas. E, não satisfeito com estas coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e os expulsa da igreja." (3 Jo 1:9-10).

E Paulo também comenta, de maneira mais genérica em sua carta a Tito, os que eram contrários à fé cristã: "Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão, aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância. Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé." (Tt 1:10-13).

Quando Paulo visitou o Areópago em Atenas, ele não foi o que chamaríamos de "politicamente correto" em sua abordagem dos atenienses. Algumas versões tentam amenizar as palavras que Paulo usou, querendo fazer entender que ele apenas disse que eles eram muito religiosos, quando o sentido original do texto é que Paulo disse a eles que eram adoradores de demônios. Vou traduzir a versão de John Nelson Darby, que diz: "E Paulo de pé no meio do Areópago disse, Atenienses, em todos os sentidos vos vejo entregues à adoração de demônios" (At 17:22).

O João Batista também não media as palavras quando o assunto eram os religiosos judeus, que tentavam se justificar a si mesmos diante de Deus: "E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?" (Mt 3:7).

Em Mateus 23:23-34 o Senhor chamou publicamente os fariseus de hipócritas, cegos, guias cegos, sepulcros caiados, víboras etc., e também expulsou publicamente os que faziam do Templo um mercado.

A igreja em Éfeso é mostrada como tendo agido no sentido de expor os falsos que havia em seu meio, o que não poderia ser de outra forma a não ser publicamente. Por isso o Senhor os louva: "Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos." (Ap 2:2).

Na passagem em Romanos 16:17 o sentido é o de assinalar ou marcar os que provocavam divisões, ou seja, deixar muito claro quem eram para que os irmãos pudessem evitá-los: "Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles".

O mesmo Paulo também mostra aos crentes em Éfeso que devia haver uma separação de pessoas, fazendo distinção entre os cristãos e os que estavam mergulhados nas trevas: "E não comuniqueis [não tenhais comunhão] com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as." (Ef 5:11).

Aos irmãos em Tessalônica Paulo ordena também essa separação, o que obviamente só pode ser feito identificando-se quem são os que andam desordenadamente: "Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu.... Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe." (2 Ts 3:6, 14).

Os falsos mestres são abordados nas cartas de Paulo a Timóteo e a Tito:

"Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais... Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te... Ao homem herege, depois de uma e outra admoestaçao, evita-o" (1 Tm 6:3-5; 2 Tm 3:5; Tt 3:10).

Em 2 Coríntios 11:4 Paulo repreende os irmãos de Corinto por estarem fazendo "vista grossa", deixando de expor o erro e os errados, ou até dando a eles algum apoio: "Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais."

Muitos outros exemplos você encontra também no Antigo Testamento, de reis e falsos profetas sendo expostos publicamente para evitar que continuassem a enganar, mas creio que isto seja suficiente para termos autoridade bíblica no sentido de como lidar com a má doutrina e com os que a ensinam.

Finalmente, você questionou se seria correto manter fechada a área de comentários em meus textos e vídeos, já que considera isso uma forma de censura, sem possibilidade de defesa da pessoa citada. Já expliquei em outra ocasião de minha falta de tempo para administrar tudo o que publicam na área de comentários. No início ficou aberta, mas era um festival de má doutrina, de pessoas fazendo propaganda de igrejas, Viagra e fórmulas para ganhar dinheiro fácil. Sem falar nas discussões e ofensas, que podem gerar processos de danos morais. Os melhores sites de notícias do mundo hoje bloqueiam os comentários para evitar problemas.

Mas deveriam cristãos fazer esse tipo de censura? Certamente, porque não se pode dar a hereges um púlpito. Muitos deles não teriam condições de falar para um grande número de pessoas, e quando encontram um site ou canal que tem milhares de assinantes, aproveitam para estacionar ali e começar a espalhar seu veneno. Quanto à possibilidade de defesa da pessoa ou religião citada, ao contrário do que acontecia no passado que apenas jornais tinham acesso ao grande público, hoje qualquer um pode publicar sua opinião, e muitos têm feito isso publicando textos e vídeos discordando do que eu disse.

Aí sim, porque fazem isso em sua própria "casa" e não em minha sala de visitas. O site ou canal de uma pessoa é sua "casa" na Internet e não um espaço democrático onde cada um diz o que quer. Eu escolho as pessoas que deixo entrar em minha casa, pois sou responsável em evitar colocar minha família em risco. Assim é com o espaço que cada um tem na Web. Por isso temos instruções claras na Palavra de que devemos fazê-los calar. Na carta de Paulo a Tito ele diz exatamente isso, e não o faz com palavras politicamente corretas. Ele escreve: "aos quais convém tapar a boca". Veja o contexto:

"Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes. Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão, aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância. Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé. Não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade. Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados. Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra." (Tt 1:16).

Vivemos em tempos de grande abandono da verdade, o que irá culminar numa apostasia generalizada depois que a Igreja for tirada da terra. Estamos cercados de inimigos da Verdade e o melhor disfarce deles é parecer que são apoiadores espalhados por milhares de denominações cristãs, quando na verdade muitos nem sabe o quanto estão trabalhando para o inimigo.

Os tempos de hoje se assemelham aos de Esdras e Neemias, quando alguns que fingiam querer auxiliar na reconstrução dos muros e do Templo mais adiante mostrariam sua verdadeira face. O que teria acontecido se o remanescente que voltou a Jerusalém tivesse cedido aos apelos deles? Como então, hoje é preciso reparar as brechas com uma das mãos, mas tendo a espada na outra.

Também é preciso entender que aqueles judeus não foram logo procurando reparar o Templo, o lugar de adoração que Deus havia instituído. Eles primeiro restauraram os muros e colocaram portas com vigias, para evitar a entrada dos inimigos de Deus. Assim devemos proceder também, procurando "trabalhar" o testemunho protegidos pelos muros da sã doutrina.

"Os que edificavam o muro, os que traziam as cargas e os que carregavam, cada um com uma das mãos fazia a obra e na outra tinha as armas. E os edificadores cada um trazia a sua espada cingida aos lombos, e edificavam; e o que tocava a trombeta estava junto comigo... Sucedeu que, ouvindo Sambalate, Tobias, Gesem, o árabe, e o resto dos nossos inimigos, que eu tinha edificado o muro, e que nele já não havia brecha alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas nos portais, Sambalate e Gesem mandaram dizer-me: Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal. E enviei-lhes mensageiros a dizer: Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco? E do mesmo modo enviaram a mim quatro vezes; e da mesma forma lhes respondi. Então Sambalate ainda pela quinta vez me enviou seu servo com uma carta aberta na sua mão; e na qual estava escrito: Entre os gentios se ouviu, e Gesem diz: Tu e os judeus intentais rebelar-vos, então edificas o muro; e tu te farás rei deles segundo estas palavras; eque puseste profetas, para pregarem de ti em Jerusalém, dizendo: Este é rei em Judá; de modo que o rei o ouvirá, segundo estas palavras; vem, pois, agora, e consultemos juntamente. Porém eu mandei dizer-lhe: De tudo o que dizes coisa nenhuma sucedeu; mas tu, do teu coração, o inventas. Porque todos eles procuravam atemorizar-nos, dizendo: As suas mãos largarão a obra, e não se efetuará. Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos." (Ne 4:17-18; 6:1-9)

por Mario Persona

Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional (www.mariopersona.com.br). Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.)
Mario Persona é palestrante e consultor de comunicação, marketing e desenvolvimento profissional www.mariopersona.com.br. Não possui formação ou título eclesiástico e nem está ligado a alguma denominação religiosa, estando congregado desde 1981 somente ao Nome do Senhor Jesus. Esta mensagem originalmente não contém propaganda. Alguns sistemas de envio de email ou RSS costumam adicionar mensagens publicitárias que podem não expressar a opinião do autor.
O que respondi by Mario Persona is licensed under a Creative Commons Atribuição-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License. Creative Commons License
Esclarecimentos: O conteúdo deste blog traz respostas a perguntas de correspondentes, portanto as afirmações feitas aqui podem não se aplicar a outras pessoas e situações. Algumas respostas foram construídas a partir da reunião das dúvidas de mais de um correspondente. O objetivo é apenas mostrar o que a Bíblia diz a respeito das questões levantadas, e não sugerir qualquer ingerência de cristãos na política e na sociedade, no sentido de exigir que as pessoas sigam os preceitos bíblicos. O autor é favorável à livre expressão e, ainda que seu entendimento da Bíblia possa conflitar com a opinião de alguns, defende o respeito às pessoas de diferentes crenças e estilos de vida. Aqui são discutidas ideias e julgadas doutrinas, não pessoas. A opção "Comentários" foi desligada, não por causa das opiniões contrárias, mas de opiniões que pareciam favoráveis mas que tinham o objetivo ofender pessoas ou fazer propaganda de alguma igreja ou religião, induzindo os leitores ao erro.

Respondi

O que Respondi

3 Minutos

Evangelho em 3 Minutos

Pela Graça